sexta-feira, 13 de setembro de 2013

NOVAS HISTÓRIAS COM PERSONAGENS DE NOSSAS LENDAS






A FEITICEIRA

         Há muito tempo, vivia uma moça belíssima cujos olhos eram azuis, da cor do mar, seus cabelos eram compridos e loiros, seu nome era Alamoa.  Era muito querida, todos a amavam. Mas o que ela não sabia era que havia uma velha bruxa, horrenda, muito invejosa. Ela não gostava de Alamoa.
         Todos os dias, a bruxa se disfarçava de uma mulher comum, colocava o capuz de seu casaco e se misturava com a multidão para visitar Alamoa. Ela precisava saber de tudo o que ela gostava para que seu plano desse certo. A bruxa já havia preparado um feitiço “Almastrocares”, este era o nome.
         Novamente, a bruxa transformou-se em uma mulher comum, colocou seu capuz e foi atrás de Alamoa. Aproximou-se e chamou a moça para conversar, dizendo que era importante. Levou-a para um lugar escondido e lançou o feitiço. Trocaram de alma.
         Até hoje ninguém sabe se a moça conseguiu sua alma de volta. E você o que acha?
                                     
                   Giovanna Alves  5ª E









MAIS VILÃO E A PISADEIRA

         Numa noite, a Pisadeira estava fazendo o que era normal para ela - trazer pesadelos para as pessoas.  Mas, ninguém sentia medo, porque outro vilão havia roubado seu posto, nem as crianças gritavam.
         A Pisadeira começou a chorar e o Mais Vilão apareceu. Ele era bonito, usava uma capa preta e um chapéu, por isso ninguém mais tinha medo.
         Quando a Pisadeira o viu, engoliu o choro e perguntou:
         - Quem é você?
         - Sou o Mais Vilão e não gosto de meter medo nas pessoas.
         -  Vo, vo, você é um ladrão, roubou meu posto de vilã!
         Eles começaram uma luta e resolveram fazer um pacto. A Pisadeira voltou a ser vilã  para continuar a ser uma personagem do folclore e o Mais Vilão que, afinal, não era vilão, aparecia para divertir as crianças.
                                      
Fernanda Meneses  5ª E










A LUTA DE IARA

         No mar, em altas águas, estava Iara, fugindo da grande tempestade. Não achando onde se esconder, foi para a praia, mas ela não sabia andar. Olhou para cima e viu uma estrela cadente. Foi sorte! Lembrou que poderia fazer um pedido. Desejou ter pernas para andar. Foi atendida!
         Correu pela praia e viu uma mansão.  Era assombrada e ela não sabia. Lá dentro, vivia uma mulher assombração que dava gritos de assustar. Logo que entrou, Iara ouviu gargalhadas, mas pensou que eram trovões.
         A mansão tinha andares. Iara teve que subir quatorze para chegar ao banheiro. Ela queria se secar. Entrou e fechou a porta, o que foi um erro mortal. A pobrezinha tinha acabado de secar o rosto e, quando o levantou, tomou um susto, ao ver a Loira do Banheiro.
         As duas  tiveram uma briga feia de poderes. A Loira entrava e saía dos espelhos a todo instante. Iara percebeu que, se quebrasse os espelhos e deixasse somente um, para que a Loira nele entrasse, poderia vencê-la. Assim ela fez. Quando a Loira entrou nele, ela o quebrou também, prendendo-a para sempre.
         É por isso que a Loira do Banheiro nunca mais apareceu para ninguém.
                                      Carolina de Souza Martins   5ª  F









O BOTO APAIXONADO

         Era uma vez um Boto muito bonito.  Ele gostava muito de sua casa no rio. Ele era azul com um laço rosa. Ele tinha um amigo muito legal e gentil chamado Saci. O Saci era também muito bagunceiro e atrapalhado.
         Um dia, o Boto foi a uma festa no mar. Lá encontrou Iara, a linda sereia. “Nossa, como a Iara está bonita!” – ele pensou. Ela se aproximou, dizendo que tinha encontrado o amor de sua vida. Então, o Boto disse:
         - Também quero encontrar o meu amor. Ele já tinha visto uma garota linda na cidade. Mas como ele não podia se transformar em homem para sempre, foi procurar a Cuca.
         - Me transforme em um lindo homem, Cuca!!!
         Ela foi boazinha e atendeu o pedido do Boto.
         Naquela mesma noite, ele foi falar com a garota.
         - Olá! Meu nome é Gabriel e o seu?
         - Meu nome é Iasmim – respondeu a garota.
         - Você gosta do rio?
         - Sim. Por quê?
         - Porque eu também. É como se fosse minha casa.
         Eles começaram a namorar. O tempo passou e, felizes, sempre passeavam perto do rio.
                                      Lyvia Caroline  5ª F









O ROMANCE DA MOÇA DE BRANCO COM O BOTO

Um dia, perto de um cemitério, a Moça de Branco estava passeando, quando viu uma linda cachoeira de água cristalina. Ela chegou mais perto e viu o Boto. Seus olhos se encontraram e rolou amor à primeira vista.  O Boto, então, tomou coragem e disse:
- Olá, bela moça! Meu nome é Boto e você, como se chama?
- Eu me chamo Moça de Branco.
- Mas que nome tão lindo!
Os dois conversaram a noite inteirinha. Quando começou a amanhecer, a Moça de Branco se despediu do Boto e foi embora. Na noite seguinte, ela foi ver o Boto novamente.  Ele apareceu lá do fundo da cachoeira, na frente dela, e disse:
- Moça de Branco, eu pensei em você o dia inteiro, tomei coragem e decidi falar que estou apaixonado por você. Quer namorar comigo?
Ela também estava tão apaixonada, que nem pensou direito e respondeu:
- Eu quero!!!
Os dois se beijaram e começaram a namorar.
Passaram-se quatro anos. Os dois se casaram e foram morar juntos. Tiveram dois filhos, um menino e uma menina.  A menina parecia com a Moça de Branco e o menino, com o Boto.

                            Júlia Oliveira   5ª F









A GUERRA DAS LENDAS

         Um dia, as lendas, cansadas de só assustar, decidiram duelar entre elas. O primeiro duelo foi entre a Iara e o Boto. Foi uma briga feia e começou assim:  A Iara hipnotizou o Boto, que jogou água nela. Os dois saíram rolando no Ginásio, mas quem ganhou foi Iara.
         Já o segundo duelo foi muito engraçado, entre a Mula sem cabeça e o Saci. A Mula jogou fogo no Saci que saiu pulando numa perna só. Mas ele criou forças,  deu um chute na Mula que caiu com o traseiro no chão, dando a vitória ao Saci.
         Os Jurados, Negrinho do Pastoreio e o Uirapuru, já tinham colocado no placar um ponto pra Mula e um pra Iara. Quem ganhasse teria um dia de travessuras sem regras, poderiam ir até a cidade vizinha.
         O terceiro duelo foi entre a Loira do Banheiro e a Pisadeira.  A briga foi feia. A Loira deu um grito, a Pisadeira voou e caiu de cabeça no chão. Mas ela levantou e deu uma voadora na loira, foi tão forte, que ela não levantou.
         A Pisadeira ganhou o dia da travessura e se divertiu muito.
         Agora, todos os anos, acontece a Olimpíada das Lendas.

                                      Bianca Sebastiano   5ª F









BOITATÁ

         Um homem chamado Pedro estava atrasado para o seu trabalho. Assim que chegou, viu um caminhão com madeira na entrada. Reparou que a madeira era pouca e ficou furioso. Sempre eram caminhões cheios e muitos. Daquela vez eram somente três caminhões quase vazios. Ficou preocupado, pois era o chefe da empresa.
         A floresta de onde retiravam a madeira estava desmatada, só havia metade do que existia antes. Pedro foi até a floresta e viu as árvores, eram poucas. De repente, caiu uma tempestade horrível. Com medo, ele se escondeu em uma caverna escura.
         Os dias passaram e a tempestade continuava. Um dia, ela teve que parar e Pedro saiu. Ele tinha mudado de forma. Era, agora, uma cobra. Tinha passado tanto tempo na caverna... O sol muito forte rodeou-o de fogo.
         Desesperado, resolveu voltar para a empresa. Mas, assim que chegou lá, ninguém o reconheceu e ficaram com medo. Decidiu voltar à floresta .Fez amizade com um coelho chamado Vítor que lhe ensinou tudo sobre a mata.
         Pedro, ou a Cobra, começou a se importar com a natureza e, junto com os outros animais e o grande amigo coelho, passaram a cuidar da mata , não permitindo a caça de animais e derrubada de árvores. Quando aparecem homens destruindo a natureza, a cobra, que virou o Boitatá, aparece e assusta todos.

                                      Luan Charlys   5ª F








O MILAGRE DOS ÍNDIOS TUPIS

         Dois jovens se apaixonaram. Eles eram filhos de índios tupis. O pai dela era o cacique e já tinha arranjado um noivo para a indiazinha, mas o amor entre o casal índio era tão grande, que nem mesmo o pai conseguiu separá-los.
         O cacique não perdoou a desobediência e jogou um feiti- ço no índio que virou um lindo pássaro. O que o cacique não sabia era que o amor dos dois tinha gerado uma criança.
         A criança nasceu, uma bela menina que parecia saudável. Certo dia, a mãe acordou e viu que a filha estava morta. A índia sofreu muito.
         O tempo passou e a índia foi passear no lago. Viu um pássaro que a observava e reconheceu o olhar do grande amor. O pássaro pousou em sua mão e ficaram os dois ali juntinhos. De repente, ouviram a  voz do grande mestre, Deus, que dizia:
         - Vocês têm uma missão! Quando menos esperarem, vão receber um milagre divino.
         O pássaro encostou o bico nos lábios da indiazinha e o feitiço se quebrou. Ficaram pensando que milagre poderia ser. Quando veio a noite, teve um sonho em que Deus falava assim:
         - Vocês receberão um filho que fará o milagre, ele terá um dom que trará muitas conseqüências, fique atenta, minha filha.
         A índia acordou assustada e continuou sua vida. Algum tempo depois, nasceu um lindo menino que se chamou Jonas. Esse menino tinha o dom da cura.
         Certo dia, chegou um homem branco querendo saber sobre o menino. Na verdade, ele queria sensacionalismo para o jornal em que trabalhava. Pela manhã o casal acordou e o bebê não estava na rede. O homem branco o tinha levado. Toda a aldeia se mobilizou, mas não havia notícias da criança.
         Passaram-se semanas e semanas sem notícias. Um dia apareceu na aldeia uma menina parda com o bebê no colo. Ela aparentava ter 10 anos. A índia perguntou o nome da menina.
         - Eu me chamo Mani – a menina respondeu.
         A índia pensou sobre o milagre de que o Mestre falara e reconheceu a filha pelo sinal que tinha na perna, uma libélula.
         Todos festejaram felizes com comida farta.
         E a voz de Deus surgiu mais uma vez:
         - Cumpri minha palavra, mas não teria conseguido sem a fé dos dois jovens índios.
         E assim toda a aldeia fala que o milagre sempre vem para aquele que tem fé. E a lenda permanece só naqueles que acreditam.

         
                                   Ana Beatriz Galvão   5ª E









QUEM QUER TROCAR?

         Um certo dia, uma jovem foi ao banheiro de sua escola para se arrumar. O piso estava molhado, escorregadio e ela caiu. De repente a luz apagou e ela havia desmaiado. Algum tempo depois, ainda adormecida, apareceu uma criatura horrenda. Vendo a moça deitada no chão, ela aproximou-se e subiu em seu peito. A jovem começou a acordar e gritou:
         - Ahhhh!!! Socorro!!! A Pisadeira veio me pegar!
         A luz voltou ao normal e a Pisadeira já tinha ido embora, pelo menos era o que ela pensava.  Ao sair do banheiro, a criatura apareceu novamente e invocou a Feiticeira, que tinha poderes e gostava de realizar desejos. A Pisadeira, então, disse:
         - Quero trocar de alma com aquela belíssima garota.
         - Tudo bem, mas lembre-se, cuidado com o que você deseja.
         A Feiticeira atendeu o pedido e trocou as almas.
         Anos depois, aquela bela jovem faleceu no banheiro de sua escola e ninguém descobria o motivo. E, morta, já não era bela, tinha ficado mais feia que a Pisadeira. Seu fantasma começou a vagar pelo banheiro das escolas, assustando os estudantes. Ela foi batizada de “A Loira do Banheiro”.  Até hoje, ninguém sabe do paradeiro da Pisadeira que deixou de trazer pesadelos para as pessoas.

                               Nicole Gomes Valério  5ª E

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