quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O CORDEL DA 8ª D

A literatura de cordel oral foi precursora da escrita e os primeiros repentistas não tinham qualquer compromisso com a métrica e com o número de versos.
Os alunos da 8ª D escreveram seus primeiros cordéis. Tentaram a composição em sextilhas (estrofes com seis versos) com os segundo, quarto e sexto versos rimando entre si. Não foi rígida a busca por esta forma estrutural, a criatividade foi considerada a essência.
Agora, meu recado para vocês, jovens da 8ª D.
Lembram?
(...)
Adolescente, olha! A vida é nova...
A vida é nova e anda nua
- vestida apenas com o seu desejo!
Mário Quintana


Parabéns, por terem vestido seus cordéis com tantas cores!!
Carinho,  Vera








COMADRE FLORZINHA

UMA MENINA MORENA
DE CABELOS PRETOS, MUITO BELA
VIVE NA MATA DE PERNAMBUCO
E PELOS ANIMAIS ZELA
ENTÃO, VAMOS LÁ
CONHECER UM POUCO DELA

COM SEU ASSOBIO FAZ
OS CAÇADORES PERDEREM O RUMO
GOSTA DE PRESENTES COMO:
MINGAU, CONFEITOS E FUMO
E PARA QUEM ESTÁ LENDO
ISSO É SÓ UM RESUMO.

LAURA POLONI    8ª. D










A PISADEIRA

VIVE EM CIMA DOS TELHADOS
MAS, DEPOIS, ENTRA EM AÇÃO
E A VÍTIMA, COITADINHA,
FICA MESMO SEM AÇÃO
A PISADEIRA É UMA FEIA VELHA
QUE ESPREITA E NÃO DÁ CHANCE NÃO

QUANDO ALGUÉM COME DEMAIS
LÁ VAI ELA DE OLHOS ARREGALADOS
PESADELOS PROVOCAR
TAMANHOS PÉS MALVADOS
EM SEU PEITO VAI PISAR
E SUA RESPIRAÇÃO DIFICULTAR

RAUL ALENCAR  8ª. D







  
MAPINGUARI

POUCAS VEZES JÁ OUVI
SOBRE  UM TAL MAPINGUARI
DA MATA, ELE VEM
E TODOS FALAM AMÉM
PARECE UM MACACO
CHEIO DE PELO NO BRAÇO

A PELE DA CRIATURA
É DE CERTA FORMA MUITO DURA
QUANDO ELA APARECE
É MELHOR FAZER UMA PRECE
OU, ENTÃO, CORRER
PARA ALGUÉM TE SOCORRER

LARISSA LEITE   8ª.D










JACI  JATERÊ

UM PEDAÇO DA LUA
SEU NOME SIGNIFICA
ENTRE OS IRMÃOS
É O QUE MAIS SIMPLIFICA
SE UMA CRIANÇA PEGA SEU BASTÃO
ENCANTADA LOGO FICA

A FLORESTA, ELE HABITA
É O PROTETOR DAS MATAS
MAS PEGA CRIANÇAS
CHATAS E DESORDENADAS
PARA QUE ELAS FIQUEM
QUIETAS E BEM EDUCADAS

GABRIELLE LEMOS  8ª. D









  
MAPINGUARI

MUITAS VEZES JÁ OUVI
SOBRE UM TAL MAPINGUARI
DAS MATAS UM HABITANTE
MARCADO POR FORTE ODOR
É UM BICHO ASSUSTADOR
AO HUMANO SEMELHANTE

QUAL MACACO AGIGANTADO
TEM PELO POR TODO LADO
OLHO NO MEIO DA TESTA
BOCA ENORME, MUITO FEIO
NOS CANTOS DA FLORESTA
NO CABOCLO DÁ MUITO APERREIO

CONFORME O POVO DIZ
A BOCA VAI DO NARIZ
À ARCA ESTOMACAL
GARRAS, PUNHAIS AFIADOS
OS SEUS PÉS PARA TRÁS VIRADOS
EIS UM SER DESCOMUNAL


A PELE DA CRIATURA
É DE CERTA FORMA DURA
QUE NEM A DO JACARÉ
UM CASCO NAS COSTAS TEM
QUANDO ESSA FIGURA VEM
O JEITO É DAR NO PÉ

QUANDO ATACA, NO INÍCIO,
ELE USA ESSE ARTIFÍCIO
PARA A PRESA ATRAIR
CONSEGUINDO, ELE AGARRA
PÕE PARA DENTRO DA BOCARRA
PRA FOME DIMINUR

SERINGUEIROS, CAÇADORES,
ÍNDIOS E PESCADORES
RECEIAM VER PELA FRENTE
ESSA DITA ENTIDADE
TEM MUITA VORACIDADE
COM CABEÇA DE GENTE

É UM MONSTRO QUE AMEDRONTA
MAS COMENTÁRIOS DÃO CONTA
DE QUE TEM UM PONTO FRACO
VULNERÁVEL NO UMBIGO
SE ATINGIDO, É UM CASTIGO
POIS VAI LOGO “PRO BURACO”

EIS AÍ O CORDEL
NO DOMÍNIO POPULAR
NÃO QUERO NESTA VIVÊNCIA
PASSAR PELA EXPERIÊNCIA
UM TAMANHO SUSTO LEVAR
POR UM BICHO ASSIM ENCONTRAR

KRISTEN KIHARA    8ª. D








COMADRE FULOZINHA

ALGUÉM SE PERDEU AINDA CRIANCINHA
SOZINHA NA MATA FECHADA
HOJE, SEU NOME? COMADRE FULOZINHA
VIVE PROTEGENDO A MATA
DOS CAÇADORES MALVADOS
GOSTA DE GANHAR PRESENTES
ESQUECENDO, SERÃO AÇOITADOS

TEM PERSONALIDADE ZOMBETEIRA
É CONFUNDIDA COM A CAIPORA
ÀS VEZES É MALVADA
MAS TAMBÉM PRESTIMOSA
FULOZINHA DO CABELO DE RAPUNZEL
ADORA GANHAR PRESENTE
MUITO FUMO E MUITO MEL

ANNA KAROLINA  8ª. D








PAPA-FIGO

PAPA-FIGO É UMA FIGURA LENDÁRIA
SOFRIA DE UMA DOENÇA SEM IGUAL
CONHECIDA PRINCIPALMENTE NA BAHIA
PARA ALGUNS, TINHA UMA APARÊNCIA NORMAL
PARA OUTROS, APARÊNCIA GROTESCA
MAS ESTA HISTÓRIA É SENSACIONAL

ELE MATAVA MENINOS E MENINAS
CHUPAVA O SANGUE E O FÍGADO COMIA
POR PENSAR QUE SERIA CURADO
DE UM MAL DO QUAL SOFRIA
A DOENÇA ERA MAL DE HANSEN
MATOU MUITA GENTE, MUITA DOR SENTIA...

TAWANNY NARY  8ª. D







  
MULA SEM CABEÇA

UM PADRE DO INTERIOR
RESOLVEU A BATINA LARGAR
PARA IR ATRÁS DE UM AMOR
A AMADA, AO ENCONTRAR,
SUA MÃE LOGO SENTIU PAVOR

DEPRESSA, A MÃE DA MOÇA FALOU:
- FILHA, ESTOU DESESPERADA
SE VOCÊ CASAR COM O PADRE
NUMA MULA SEM CABEÇA
LOGO SERÁ TRANSFORMADA.

IMEDIATAMENTE, APÓS O CASAMENTO
EM UMA MULA VAIS VIRAR
SEJA MARROM OU PRETA
NÃO TEM CABEÇA, É DE ASSUSTAR
SÓ TEM FOGO EM SEU LUGAR

MESMO ASSIM, OS NAMORADOS
RESOLVERAM SE CASAR
IMPORTÂNCIA NÃO DERAM OS APAIXONADOS
E, NA NOITE DE QUINTA PARA SEXTA
ENFIM, PUDERAM CONSTATAR

A MULHER SE TRANSFORMOU
NUMA MULA INCLEMENTE
CORRENDO ATRÁS DO POVO
QUE FICAVA EM ESTADO DORMENTE
SE AVISTAR UMA MULA
SAIA DE SUA FRENTE

A MÃE DA MOÇA SABIA
COMO QUEBRAR O ENCANTO
PUXOU OS ARREIOS DA MULA
COLOCADOS NA BOCA PELO CANTO
QUEBROU-SE A MAGIA
E A MOÇA SURGIU EM PRANTO

O CASAL DE NAMORADOS
CONSEGUIU ESCAPAR
MAS É BOM TOMAR CUIDADO
 E JAMAIS FACILITAR
NO LUGAR DE UM PADRE
ARRANJE OUTRO PARA CASAR

LOHAN AUGUSTO   8ª. D








O PAPA-FIGO

O PAPA-FIGO É UMA FIGURA LENDÁRIA
DO FOLCLORE BRASILEIRO
TRAZ UMA DOENÇA E, PARA SE CURAR,
DE SANGUE E FÍGADO SENTE O CHEIRO
PEGA CRIANÇA E NUM SACO A LEVA
COMO SE FOSSE UM SACOLEIRO

PARA ATRAIR AS VÍTIMAS,
DO SACO, TIRA PRESENTES
BRINQUEDOS E ATÉ DINHEIRO
COME O FÍGADO DAS CRIANÇAS SORRIDENTES
DEIXANDO-AS MORTAS E, PARA OS PAIS,
UM SOFRIMENTO SEM PRECEDENTES

RODRIGO  8ª. D







  
LOBISOMEM

UM CASAL COM SETE FILHAS
VIVIA NUMA CIDADEZINHA
NASCEU UM MENINO
QUE BONITA CRIANCINHA
ELE ESTAVA CRESCENDO
BRINCANDO COM A BOLINHA

PERTO DOS TREZE ANOS
O GAROTO COMPLETAR
UMA DE SUAS IRMÃS
VEIO LHE CONTAR
UMA HISTÓRIA CABELUDA
QUE ERA DE ASSUSTAR

O MONSTRO UIVAVA
OLHANDO PARA A LUA
DEUS ME LIVRE ENCONTRÁ-LO
PASSANDO PELA RUA
NÃO QUERO EM MINHA CASA VÊ-LO
NEM VOCÊ QUER VER NA SUA

 AOS POUCOS EM LOBISOMEM
ELE FOI SE TRANSFORMANDO
O PELO APARECEU
E AS PRESAS AUMENTANDO
TAMBÉM TINHA GARRAS
O MONSTRO JÁ SE FORMANDO

O LOBISOMEM CONTINUA
EM TODO E QUALQUER LUGAR
EM NOITES DE LUA CHEIA
VOCÊ O PODE ENCONTRAR
DENTRO DO CEMITÉRIO
OU POR AÍ A VAGAR

LARISSA MARIA  8ª. D









  
IARA

A MINHA INSPIRAÇÃO
ROGO NESSE INSTANTE
PARA FALAR DE IARA
A SEREIA ATRAENTE
A MÃE DAS ÁGUAS
QUE FIGURA INTERESSANTE!

IARA CONTINUA ATRAINDO
COM SEU CANTO BELO
OS JOVENS ACOMPANHAM
AS NOTAS MUSICAIS SEM ATROPELO
NAS ÁGUAS SE JOGAM
E NÃO TEM MAIS APELO

GABRIELA MOURA   8ª. D








IARA, A SEREIA DOS RIOS

REZA A LENDA QUE IARA
POR SUA BELEZA RARA
ERA UMA ÍNDIA ADMIRADA
A ESTRELA DA OCARA
E DE ELOGIOS PATERNOS
SEMPRE RECEBEDORA

MAS ANTE OS OLHOS FRATERNOS
SUA MORTE PLANEJAVAM
A INVEJA ERA ATIÇADORA
TANTA LUZ NÃO SUPORTAVAM
ATÉ SER CHEGADO O DIA
QUE FRACASSOU, NÃO IMAGINAVAM

LUANA THAYNÁ   8ª.  D







  
A LENDA DO GUARANÁ

VIVIA UM CASAL DE MANUÉS
QUE TINHA UM DESEJO ESPECIAL
NASCER DELES UM HERDEIRO
TUPÃ EM UM RITUAL
FOI INVOCADO E A ELE SOLICITADO
UM BEBÊ COM ENERGIA FLORESTAL

NASCEU UM LINDO MENINO
CRESCEU BOM, COM ALEGRIA
MAS JURUPARI COM INVEJA
A CRIANÇA SAUDÁVEL PERSEGUIA
TRANSFORMOU-SE EM SERPENTE
E TIROU SUA VIDA SOB UMA IMBUIA

JÁ SE FAZIA NOITE
E A TRIBO CHEIA DE PREOCUPAÇÃO
SAIU À PROCURA DO MENINO
COM  ESPERANÇA E EMOÇÃO
PELA FLORESTA O CHAMAVA
COM MUITA DOR NO CORAÇÃO

NO CHÃO, O CORPO DA CRIANÇA
DE REPENTE A CHORADEIRA
NA TRISTEZA DO ACONTECIDO
A DOR PARA A VIDA INTEIRA
MAS EIS QUE EM UMA TEMPESTADE
É TUPÃ, QUE ILUMINA A CLAREIRA

PARA TODA A ALDEIA
A MÃE DO MENINO FOI FALAR:
- O CORPO DO MEU FILHO
NESSE SOLO VOU ENTERRAR!
TRAZENDO DESSA MANEIRA
NOVA FRUTA PARA AQUELE LUGAR

E VEIO A GERMINAÇÃO
A PLANTA TÃO FALADA
ACABOU DE SURGIR POR LÁ
COM SEMENTE AVERMELHADA
PARECIA UM GLOBO OCULAR
É O NOSSO BELO GUARANÁ

MONIQUE PAES   8ª. D







CUCA

ERA PRA SER JACARÉ
MAS ISSO SÓ NUNCA VAI SER
E SIM UMA BRUXA
QUE CRIANCINHAS VAI COMER
SEM DÓ, NEM PIEDADE
SEM IMPORTÂNCIA DE DOER

É A CUCA MALVADA
COM VESTIDO E CABELO
SAPATO DE SALTO ALTO
E SE OLHA NO ESPELHO
PARECE VAIDOSA
MAS FAZ POR APELO

NO SEU CANTO NAS FLORESTAS
FAZ ENCANTOS SEM PARAR
 A FEIURA VEM DA FOME
QUE PRECISA SACIAR
MAS QUANDO NÃO CONSEGUE
FURIOSA VAI CAÇAR

NO SÍTIO DO PICA- PAU AMARELO
CUCA É APRESENTADA
DO JEITINHO QUE RELATEI
SEM MENTIRAS NEM NADA
VIVE ATRÁS DA EMÍLIA
A BONECA ENCANTADA

ALÉXIA MARCELLA   8ª. D







CAIPORA

ESSA É A LENDA DO CAIPORA
NA FLORESTA ELE MORAVA
PROCURANDO CAÇADOR
QUE OS ANIMAIS MATAVA
SEU CABELO É VERMELHO
 COM O PÉ PARA TRÁS ELE CAMINHAVA

O CAIPORA LÁ ESTAVA
MONTADO EM UM JAVALI
ATRAVESSANDO A MATA
OBSERVANDO SE POR ALI
HAVIA ALGUM HOMEM MAU
APRISIONANDO UMA JURUTI


NATASHA FERNANDO  8ª. D

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A pesquisa, o encontro com a lenda, a leitura e a criação da imagem

Os alunos, convidados a pesquisar sobre as lendas do nosso folclore, utilizaram as seguintes fontes:
- Internet
- Coleção Brincando de Folclore, de Maurício de Souza
- Livros de Luciana Garcia com lendas do nosso folclore
As ilustrações foram desenhadas pelos alunos.
                             
O CADERNO COMEÇOU A PULSAR...



Pollyana - 5a. E


BOITATÁ

A lenda do Boitatá foi criada pelo padre José de Anchieta que o descreveu como uma gigantesca cobra de fogo ondulada com os olhos que parecem dois faróis  Seu corpo é transparente e cintila nas noites em que aparece deslizando nas campinas e na beira dos rios.
Diz a lenda que o Boitatá pode se transformar em uma tora em brasa para, assim, queimar e punir quem coloca fogo nas matas.
Contam, também, que quem se depara com o Boitatá, geralmente, fica cego, pode morrer ou ficar louco. Assim, quando alguém se encontrar com o Boitatá, deve ficar parado sem respirar e de olhos bem fechados.





Ketlyn Vieira - 5a. E


COBRA HONORATO E MARIA CANINANA


Cobra Norato, ou Honorato, é uma das mais conhecidas lendas do folclore  Amazônico. Conta a lenda que, em uma tribo indígena da Amazônia, uma índia deu a luz a duas crianças gêmeas que, na verdade, eram cobras. O menino recebeu o nome de Honorato ou Norato e a menina, Maria Caninana.
Depois de nascidos, ao perceber que eram cobras, a mãe resolveu se aconselhar com o Pajé. Perguntou-lhe se deveria matá-los ou jogá-los no rio. O Pajé, então, respondeu que, se os matasse, ela morreria também. Ela, então, decidiu solta-los no leito do rio Tocantins.
No rio, como cobras, se criaram. Honorato era bom e vinha sempre visitar a mãe. Mas, sua irmã, Maria caninana, que era a mais pura expressão da maldade, nunca veio. Assim mesmo andavam sempre juntos e percorreram todos os rios da Amazônia.
         Maria, sendo muito má, um verdadeiro demônio, fazia muitas travessuras que desgostavam o irmão. Alagava canoas, mexia com os bichos, assombrava e afogava viajantes e banhistas, fazia naufragar embarcações, cometia, enfim, toda sorte de maldades.
Eram tantas as maldades e atentados  praticados por ela que, um dia, Honorato acabou por matá-la para por fim a suas perversidades.
Honorato, como entidade encantada, quando queria, à noite (só à noite), transformava-se em gente, deixando à beira do rio a monstruosa casca de cobra em que vivia. Era um moço alto e bonito e gostava muito de dançar.
Muitas vezes, ia dormir em casa de sua mãe e, então, pedia encarecidamente  a ela que, antes do galo cantar, fosse à beira do rio onde estava sem ação seu corpo de cobra, derramasse um pouco de leite em sua boca e lhe desse uma cutucada que o fizesse sangrar. Só assim o encanto desapareceria e ele se tornaria ser humano para sempre.
A mãe de Honorato foi, muitas vezes, tentar fazer o que o filho pedira, mas era tão grande, feia e monstruosa a cobra, que ela não tinha coragem.
O mesmo pedido fez ele a muitas outras pessoas, garantindo que não lhes faria mal, mas, quando iam elas cumprir o pedido e viam tamanho monstro, corriam aterrorizadas.
Uma noite, Honorato procurou um soldado, conhecido pela sua bravura e lhe fez o costumeiro pedido. O destemido soldado foi á beira do rio, viu o monstro inerte, mas não recuou como todos os outros. Colocou leite na boca da cobra e, em sua cabeça, deu uma cutucada com o punhal que a fez sangrar.
Pronto, a partir daquele dia, Honorato, finalmente, desencantou e se transformou de vez em gente, deixou de ser cobra d’água para viver na terra com sua família, como um homem normal.






Bruna - 5a. F



Letícia Vitória - 5a. E

BUMBA MEU BOI


Bumba meu Boi é uma dança folclórica da cultura brasileira, principalmente na região Nordeste. A dança surgiu no século XVIII, como uma forma de crítica à situação social dos negros e índios. O bumba meu boi combina elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem e a força bruta de um boi.

A lenda é a seguinte: Um rico fazendeiro possuía um boi muito bonito que, inclusive, sabia dançar. Pai Chico, um trabalhador da fazenda, roubou o boi para satisfazer sua mulher, Catarina, que estava grávida e sentiu uma forte vontade de comer língua de boi. O fazendeiro mandou seus empregados procurar o boi.
Quando o encontraram, ele estava doente. Os pajés curaram a doença do boi e descobriram a real intenção de Pai Chico. O fazendeiro perdoou o trabalhador e celebrou a saúde do boi com uma grande festividade.






Lucas Matheus - 5a. E


Lyvia Caroline - 5a. F


Guilherme Jorge - 5a. E

O LOBISOMEM

A lenda do Lobisomem tem, provavelmente, origem na Europa do século XVI, embora traços dessa lenda  apareçam em alguns mitos da Grécia Antiga.
Do continente europeu, espalhou-se por várias regiões do mundo. Chegou ao Brasil através dos portugueses que colonizaram nosso país, a partir do século XVI. Este personagem possui um corpo misturando traços de ser humano e lobo.
De acordo com a lenda, um homem foi mordido por um lobo em noite de lua cheia.A partir desse momento, passou a se transformar em lobisomem em todas as noites em que a  lua se apresentasse nesta fase. Caso o Lobisomem morda outras pessoas, a vítima passará pelo mesmo feitiço.

A LENDA BRASILEIRA

No Brasil (principalmente no sertão), a lenda ganhou várias versões. Em alguns locais, dizem que o sétimo filho homem de uma sucessão de filhos do mesmo sexo pode se transformar em lobisomem. Em outras regiões, dizem que, se uma mãe tiver os seis filhos mulheres e o sétimo for homem, este se transformará em lobisomem. Existem também versões que falam que, se um filho não for batizado, poderá se transformar em lobisomem na fase adulta.
Conta a lenda que a transformação ocorre em noite de lua cheia em uma encruzilhada. O monstro passa a atacar animais e pessoas para se alimentar de sangue. Volta à forma humana somente com o raiar do sol.






Melissa de Fátima - 5a. E


A BRUXA

É uma velha horrorosa que pode se transformar em uma mariposa negra ou em uma coruja. A bruxa é primogênita ou a caçula de uma família de sete irmãs, se a mais nova não for batizada pela mais velha; quando isso acontece, o encanto se quebra. A moça vira bruxa na noite de sexta-feira. No entanto, ao cantar do galo, ela volta ao normal. Dizem que chupa o sangue das crianças de até sete dias que não foram batizadas.
A bruxa sempre se comporta de maneira grosseira e vive dando gargalhadas estridentes. Quando está transformada, ela entra nas casas das pessoas por qualquer vãozinho.






Bianca Sebastiano - 5a. F

JURUPARI

Há três tipos de Jurupari. O primeiro é, para os índios, um espírito muito mau. O segundo, a lenda indígena de um jovem que veio à Terra para arrumar uma esposa para o Sol.  E o terceiro, que nos interessa, é o monstro responsável pelos maus pensamentos, pelo sonambulismo e pela insônia, não permitindo o descanso de quem deseja dormir.
      Esse Jurupari é um mito da floresta amazônica que, à noite, entra nos sonhos das pessoas, transformando-os em pesadelos e impedindo-as de gritar durante o perigo. Costuma se enfeitar com flores, tornando-se, ao mesmo tempo, ridículo e muito assustador. Dá, também, gargalhadas bastante altas.
           





André - 5a. E


Devid Gabriel - 5a. E

MAPINGUARI

Mapinguari seria uma criatura coberta de um longo pêlo marrom avermelhado vivendo na floresta amazônica. Segundo povos nativos, ao perceber a presença humana, fica de pé (possivelmente pronto para o combate ou para a fuga) e alcança facilmente dois metros de altura. Ainda, segundo outras lendas, seus pés seriam virados ao contrário (o que demonstra a confusão da sua lenda com a do Curupira, outra entidade do folclore brasileiro), suas mãos possuiriam longas garras e a criatura evitaria a água, tendo sob a espessa pelagem uma pele semelhante a de um jacaré. O Mapinguari também possuiria um cheiro forte e desagradável, semelhante ao exalado pelo gambá. Esse mau cheiro faria com que sua presa ficasse aturdida, o que permitiria ao ser apanhá-la com considerável facilidade. Conta-se, também, que a bocarra do Mapinguari se abriria amplamente, indo da face até o abdômen, liberando também um forte odor.
Caçadores do lago do Badajós, no estado do Amazonas, afirmaram ter atirado em uma suposta fêmea (por possuir seios cobertos de pelo), que teria antes atacado um deles. Porém, mesmo ferida, ela teria atraído a atenção de outro exemplar através de urros altos. Seria um macho corpulento, de aproximadamente uns 2,5m de altura, que estaria vindo em defesa da fêmea, tentando atacar o grupo que conseguiu fugir numa canoa. Segundo o relato, a criatura não entrou na água para persegui-los e teria ido embora com a sua fêmea ferida.
Esta história, supostamente, aconteceu em 1967 em Tefé. Quem contou foi o senhor José Lima, nativo da floresta, que hoje mora em Manaus. De acordo com este teórico avistamento, a criatura se assemelha muito ao Sasquatch, o Pé-Grande, que se acredita viver em algum lugar da América do Norte.






Guilherme Soares - 5a.E


Diogo - 5a. E

CURUPIRA

O Curupira é um personagem do folclore brasileiro, que não existe, pois é uma história inventada pelo povo.
Dizem que o Curupira é um anão, com os pés virados para trás, cabelos de fogo e olhos arregalados, que mora na floresta e faz travessuras.
Esse anão fica bravo quando homens e caçadores aparecem nas matas para eliminar os animais e vender suas peles, destruir a vegetação, derrubar árvores, fazer queimadas...
O Curupira não consegue ficar vendo tamanha destruição sem fazer nada. Com isso, apronta travessuras, pregando peças nesses homens. Ele solta assovios altos e finos, como uivos dos lobos; faz barulhos, chacoalhando galhos das plantas e atira pedras.
Contam as lendas que a maior travessura do Curupira é fazer com que os destruidores da natureza se percam na floresta, não conseguindo mais sair. Isso acontece porque o Curupira tem os pés voltados para trás e os caçadores não conseguem seguir seu rastro indo para o lado contrário.
Por seus benefícios à fauna e à flora do Brasil, o anão é considerado o protetor das florestas.     






Vitoria Isabelle - 5a E

MATINTAPEREIRA

Matintapereira é uma ave enfeitiçada e agourenta que tem o poder de se transformar em ser humano (homem ou mulher). Pode ser, por exemplo, um velho de aparência fraca que leva um pano amarrado na cabeça e vive gritando, assobiando e pedindo fumo às pessoas.Ou feiticeiro com uma flauta mágica que toca a música do pássaro e lhe permite voar.
Aparece, ainda, como uma velha que, de porta em porta, pede tabaco e comida. Quando não recebe o que deseja, observa todos os objetos da casa. No dia seguinte, o morador sempre nota a falta de alguma coisa.
Como pássaro, não fica aprisionado em gaiola, foge causando grande confusão.






Stephany Caroline - 5a. E

A LUA

Houve um tempo em que as estrelas e a lua não apareciam no céu e os índios não saíam de suas ocas depois que a noite caía. Todos tinham medo do escuro, exceto uma linda e graciosa índia. Ela era diferente do todos da tribo, pois tinha a pele clara. Por isso, ninguém queria ser amigo dela.
Todas as noites, a indiazinha saía sozinha para passear, desejando encontrar pessoas que pudessem se tornar suas amigas de verdade.
Uma noite, outra índia, muito invejosa, decidiu também sair na escuridão. Ao entrar na mata, machucou os pés em gravetos. Cheia de raiva e inveja, foi falar com uma cascavel que vivia ali perto.
A índia malvada pediu que a cascavel mordesse  os calcanhares da outra indiazinha e a transformasse em uma mulher feia e velha. A cobra concordou, mas quando foi dar o bote, quebrou os dentes, pois os pés da jovem estavam calçados com duas conchas.
A indiazinha soube por que a cobra  tentara mordê-la e foi embora da aldeia. Fez uma escada de cipó e pediu a uma coruja que a amarrasse no céu. Ela subiu e transformou-se na Lua. Quando a índia malvada viu o brilho da indiazinha no céu, ficou cega, correu e caiu no buraco da cascavel.
Então, a Lua passou a brilhar no céu e tornou as noites iluminadas. Os índios passaram, desde então, a adorar a Lua.






Thayna - 5a. E


Guilherme Martin - 5a. F

BICHO-HOMEM

A criatura chamada Bicho-homem é gigantesca! Tem apenas um olho, um pé redondo e, nas mãos, dedos longos com unhas bem compridas e solta um grito assustador.
As pessoas têm medo dele e pensam que é feroz.  Realmente, ele é feroz! Mas somente com quem ameaça destruir a natureza ou tenta capturá-lo.






Rhyan Fernando - 5a. E

ONÇA-BOI


              A lenda conta que existiu uma espécie diferente de onça.        
            Seu nome era onça-boi, pois suas patas eram iguais às de um boi. Mas ela não comia capim, não tinha chifres e era muito bonita, mansa e carinhosa.
            As onças-boi viviam em pares e nunca se separavam, pois acreditavam no amor eterno. Quando uma onça-boi era capturada por caçadores, seu parceiro logo se entregava, já que sozinho não tinha mais razão para viver.
            Mas, se o caçador não conseguisse abater o animal, tinha de enfrentar a fúria do casal. Juntas, as duas eram imbatíveis.






Sheila - 5a. E

UIRAPURU

O Uirapuru é um pássaro mágico, quem o encontra pode ter um desejo realizado. Ele é o símbolo da felicidade.
Diz a lenda que um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique. Por se tratar de um amor proibido, não poderia se aproximar dela. Sendo assim, pediu ao deus Tupã que o transformasse em um pássaro.
Tupã transformou-o em um pássaro vermelho telha, com um lindo canto.
O cacique foi quem logo observou o canto maravilhoso daquele pássaro. Ficou tão fascinado, que passou a perseguir o pássaro para aprisioná-lo e ter seu canto só para ele.
Na ânsia de capturar o pássaro, o cacique se perdeu na floresta.
Todas as noites, o Uirapuru canta para sua amada. Tem esperança de que, um dia, ela descubra o seu canto e saiba que ele é o jovem guerreiro.

CURIOSIDADE

O Uirapuru é uma ave muito comum na Amazônia. Possui um canto longo, de melodia suave. Dizem que ele canta quinze dias por ano.
Os nativos da floresta relatam que, quando o Uirapuru canta, toda a floresta fica em silêncio rendendo-lhe homenagem.






Sthefany Izis - 5a. E

O NEGRINHO DO PASTOREIO

Conta a lenda que, nos tempos da escravidão, havia um fazendeiro malvado com negros e peões. Em um dia de inverno, fazia muito frio e o fazendeiro mandou que um menino negro, de quatorze anos, fosse pastorear cavalos e potros que acabara de comprar.
No final da tarde, quando o menino voltou, o fazendeiro disse que faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino, que ele ficou sangrando.”Você vai me dar conta do baio ou verá o que vai acontecer” – disse o fazendeiro.
Aflito, o menino foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou o cavalo pastando. Tentou laçá-lo, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu.
De volta à estância, o dono ficou mais irritado, bateu novamente no menino e amarrou-o sobre um formigueiro.
No dia seguinte, quando foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem  Nossa Senhora e, mais adiante, o baio e os outros cavalos. O fazendeiro se jogou no chão, pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da santa, montou no baio e partiu, conduzindo a tropilha.
A partir daí, os andarilhos, tropeiros, mascates e carreteiros da região, todos dão notícias de ter visto passar uma tropilha, tocada por um negrinho, montado em um cavalo baio.
Desde então, quando qualquer cristão perde alguma coisa, qualquer coisa, pela noite, o negrinho procura e acha. E somente entrega a quem acender uma vela, cuja luz ele leva para o altar, a de sua madrinha, a virgem Nossa Senhora, que o livrou do cativeiro, deu-lhe uma tropilha, que ele conduz e pastoreia, sem ninguém ver.






Breno - 5a. E

MULA SEM CABEÇA

A mulher que casa com padre vira Mula sem Cabeça.  Essa mula, mesmo não tendo cabeça, solta fogo pelas narinas e, da ponta da cauda e de suas patas, saem faíscas.
Ela costuma aparecer à meia-noite, de quinta para sexta-feira, até o amanhecer, quando o galo cantar.
Ela soluça igual gente e relincha bem alto. Seus coices e dentes são bastante fortes e o pelo é escuro.
Para que não seja atacada, a pessoa não pode deixar que o bicho veja suas unhas e   os dentes. Seu encanto pode ser quebrado, quando alguém retirar o freio de ferro de sua cabeça. Aí, ela volta a ser mulher.






Guilherme Soares - 5a. E

CHUPA-CABRA

É uma suposta criatura responsável por ataques sistemáticos a animais rurais. Suga o sangue de cabras, ovelhas, galinhas e cachorros, atacando sempre à noite.
           Possui enormes olhos vermelhos, três dedos com grandes garras, uma fileira de espinhos nas costas e dentes enormes com pontas agudas.
Ela aparece na região sudeste do Brasil, no México, Porto Rico e Chile, entretanto acredita-se em que seja extraterrestre, porque não foram encontrados vestígios de sua presença.






Devid Gabriel - 5a. E


Ricardo - 5a. F

CABRA CABRIOLA OU BICHO PAPÃO

A Cabra Cabriola é um ser assustador, meio monstro e meio cabra, com dentes afiados, que solta fogo e fumaça pelo nariz, pelos olhos e pela boca.
Ela entra nas casas procurando crianças malcriadas, mentirosas e desobedientes. Fica escondida no quarto, dentro dos armários ou debaixo das camas. Sai para assustar as crianças no meio da noite, cantando: “Sou a Cabra Cabriola e só assusto criança malcriada! Se você não se comportar direito, te levo pra minha morada!”






Thielly - 5a. E


A MANDIOCA

Nasceu uma indiazinha linda tupi e a mãe e o pai espantaram-se:
- Como é branquinha esta criança!
Chamaram-na de Mani. Comia pouco e pouco bebia.
Mani parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, Mani não se levantou da rede.
O pajé deu ervas e bebidas á menina. Mani sorria, muito doente, mas sem dores. E sorrindo, morreu.
Os pais enterraram-na dentro da própria oca e regaram sua cova com água, como era costume dos índios tupis, mas também com muitas lágrimas de saudade.
Um dia, perceberam que, do túmulo de Mani, rompia uma plantinha verde e viçosa. A plantinha desconhecida crescia depressa.
Poucas luas passaram e ela estava alta, com um caule forte que até fazia a terra rachar ao redor.
- Vamos cavar? – perguntou a mãe de Mani.
Cavaram um pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas  e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos indiozinhos. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa, branquinha, quase da cor de Mani.
- Vamos chamá-la de Mani-oca – resolveram os índios.
Transformaram a planta em alimento. Até hoje, entre os índios do norte e do centro do Brasil, este é um alimento muito importante. E em todo o Brasil  (e não só!), quem não gosta de mandioca!






Sheila - 5a. F

A LOIRA DO BANHEIRO

Conta a lenda urbana que, há muito tempo, uma jovem loira não gostava de estudar.Só queria passear e fazer bagunça. Inventava muitas mentiras para não ir à escola. Seus pais, preocupados, descobriram suas mentiras e não permitiram que faltasse mais à escola.
Então, ela passou a matar aula, ficando escondida no banheiro da escola.
Um dia, ficou tanto tempo no banheiro, que acabou dormindo. A escola fechou e ela estava sozinha e apavorada. Saiu correndo, escorregou, bateu com a cabeça no chão e morreu. A partir daí, passou a assombrar nos banheiros das escolas.
Dizem que, para chamá-la, é preciso apertar a  descarga três vezes. Sua imagem surge presa no espelho. Tem algodão na boca e no nariz está sempre vestida de branco.






Nicole Rebouças - 5a. E

MÃE DE OURO

Conta-se que, no vilarejo de Rosário, nas margens do rio Cuiabá,vivia, há muitos anos, um mineiro ambicioso e cruel, cujos escravos eram obrigados a entregar-lhe, todos os dias, uma determinada quantidade de ouro.
Um dos escravos, Pai Antônio, passou toda uma semana sem encontrar uma só grama de ouro. Triste e cabisbaixo, pensando no castigo que o amo lhe infringiria, viu, diante dele, uma formosa fada. A fada perguntou ao escravo o motivo de sua tristeza e ele lhe contou. A mulher lhe disse:
- Compre-me uma fita azul, vermelha e amarela, um pente e um espelho, pois quero ajudá-lo.
Rapidamente, Antônio cumpriu as ordens da fada. Quando lhe entregou os objetos pedidos, ela lhe indicou o lugar no qual havia uma mina de ouro. Em troca do segredo, só lhe impôs uma condição: não deveria revelar a ninguém a localização da mina de ouro.
Antônio dirigiu-se rapidamente à mina, apanhou boa quantidade de ouro e levou-o a seu irado amo.
Naturalmente, o homem quis saber onde seu escravo tinha encontrado o ouro. Recusando-se a fazer tal revelação, passou a receber terríveis açoites diários.
Suplicando e pedindo ajuda à fada, isto é, à Mãe de Ouro, Antônio implorou que o deixasse contar o segredo. A fada concordou com a condição de que seu amo fosse à mina com 22 escravos e que escavasse até encontrar a rocha. Os homens assim fizeram e se depararam com uma jazida de ouro em forma de uma árvore. No entanto, apesar de tudo que tinham escavado, não conseguiram chegar ao fundo da mina. A fada, neste momento, pediu a Antônio que se separasse das escavações. Um desabamento acabou por enterrar a mina para sempre, levando consigo os escravos e o cruel mineiro.






Guilherme Jorge - 5a. E

SACI

O Saci é um negrinho de uma perna só, que fuma cachimbo e usa uma touca vermelha.
Ele é bastante aprontão. Adora fazer trancinhas no rabo e na crina dos cavalos, assustar os viajantes, pulando na garupa de suas montarias e pegar objetos das casas e muitas outras coisas...
Costuma andar pelas florestas fechadas e nas encruzilhadas. Existem muitas maneiras se pegar um saci. Como ele pode se transformar num redemoinho de vento, o jeito mais garantido é jogar um terço ou uma peneira sobre esse redemoinho, de preferência numa sexta-feira.






Ana Raphaely - 5a. E

COMADRE FLORZINHA

A Comadre Florzinha é uma personagem mitológica do Nordeste brasileiro, o espírito de uma cabocla de longos cabelos, ágil, que vive na mata protegendo a natureza dos caçadores. Gosta de ser agradada com presentes, principalmente, mingau, fumo e mel.
Algumas pessoas a confundem com o Caipora. Tem personalidade zombeteira, algumas vezes malvada, outras prestimosa.
Conta a lenda que corta violentamente, com seu cabelo, aqueles que adentram a mata sem levar uma quantidade de fumo como oferenda e, também, enrola-lhes a língua. Furtiva, seu assovio se torna mais baixo quanto mais próxima estiver, parecendo estar distante. Ela também gosta de fazer tranças e nós em crina e rabo de cavalo, que ninguém consegue desfazer, somente ela, se for agradada com fumo e mel.

Dizem alguns que a Comadre Florzinha era uma criança que se perdeu na mata. Ela procurou o caminho de volta para sua casa, mas não achou e acabou morrendo. Seu espírito passou a vagar pela floresta, em busca do caminho de volta para casa.






Melissa - 5a. E

A CUCA

A Cuca é uma feiticeira muito feia, cujo corpo lembra a forma de um dragão.
Sua pele é grossa, parecida com a do elefante, possui uma longa cauda e patas de inseto.
Também aparece como uma velha feia, parecida com um jacaré, que adora pegar crianças desobedientes e bagunceiras.






Ketlyn Vieira - 5a. E

O TUTU

O Tutu é um animal sem forma definida, todo preto, que assusta as crianças que não querem dormir ou que estão chorando.Por ser muito feio, prefere comer meninos bonitos.Mora no mato,como se fosse uma espécie de ogro, mas tem o hábito de se esconder  atrás das portas das casas.Produz um ronco forte como um trovão quando dorme.  Para afastá-lo, basta gritar: “Xô, Tutu!!”






Ryan Andrade - 5a. F

ALMA-DE-GATO

Durante o dia, o Alma-de-Gato não possui forma alguma e não sabemos quando está presente. Notamos, no máximo, sua sombra passando rapidamente, através de um vento que balança um galho de árvore ou de um barulho qualquer.
À noite, pode ser visível. É um gato preto com olhos que soltam faíscas vermelhas. Aparece em quintais de casas onde há crianças desobedientes, mas não é capaz de fazer mal, apesar de causar muito medo a quem o avista.
Existe, no Brasil, um pássaro que, dizem, traz  mau agouro  chamado Alma-de-Gato ou Tinguaçu.






Giovanna Alves - 5a. E

A PISADEIRA

A Pisadeira é uma mulher bastante forte, apesar de magérrima, capaz de sufocar sua vítima. Possui um queixo recurvado para cima, nariz adunco e fino, unhas e dedos bastante compridos e pernas curtíssimas.
Como o Jurupari, também é responsável pelos pesadelos. Quando a pessoa come muito e vai dormir, a Pisadeira desce do telhado e sobe em seu peito, dificultando-lhe a respiração durante o sono.  Quando acorda, coitada da pessoa!! Está tão cansada e o monstro já foi embora.






Lohany - 5a. F

IEMANJÁ

A lenda diz que Iemanjá é filha da deusa Olokun, a rainha do mar. Foi casada com o deus da Adivinhação, de quem se separou depois que se apaixonou por Olofin, rei de Ifé. Iemanjá teve dez filhos: os Orixás, que quer dizer “Coroa iluminada”. De tanto amamentar, seus seios ficaram enormes e ela passou a ser ridicularizada pelo marido. Cansada de humilhações, ela fugiu de casa.
Com a fuga, Olofin ficou muito bravo e, para proteger Iemanjá da ira do marido, a deusa Olofun entregou à filha uma garrafa com uma poção mágica. Quando se viu cercada pelo exército de Olofin, Iemanjá quebrou a garrafa e, no mesmo instante, surgiu um rio que a levou para o oceano, onde vive sua mãe. Desde então, Iemanjá protege pescadores, marinheiros e casais apaixonados.

Iemanjá significa Mãe dos Filhos-Peixe e seu dia é 2 de fevereiro, apesar de ser homenageada na véspera do Ano-Novo.






Nayra Camille - 5a. F

ERVA-MATE

Há muitos anos, existia uma tribo Guarani comandada por um índio bem velhinho, que havia sido o mais corajoso guerreiro de todos os tempos.
Todos os os dias, ele relembrava as caçadas e batalhas de que havia participado. Mas sua idade o impedia de reviver todas as aventuras e ele ficava triste. Sua única alegria era sua filha, a bela Yari.
A terra ficou pobre, não dava mais frutos e a tribo partiu. O velho índio, sem forças, ficou. Yari, sua filha, por amá-lo muito, não se casou e permaneceu com o pai.  Ele sabia do amor de sua filha pelo guerreiro e não desejava vê-la sofrer.
Uma noite, apareceu, por ali, um homem branco com roupas coloridas e olhos da cor do céu, que alegrou a noite com canções. O velho índio lhe deu abrigo e pediu à filha que fosse à floresta buscar frutos doces e mel.
No dia seguinte, o homem branco revelou ser mensageiro de Tupã,o deus do Bem, e que atenderia qualquer pedido.
O velho índio pediu-lhe uma companhia para o resto da vida. O visitante deu-lhe uma planta, a erva-mate, disse-lhe para cultivá-la e beber suas folhas. Elas possuíam a força de Tupã que o acompanharia sempre. Quanto a Yari, foi transformada na protetora das florestas e deusa dos ervateiros, as pessoas que cultivam a erva-mate.






Lucas Keis - 5a. E

O GUARANÁ

Certa vez, uma tribo indígena recebeu uma alegre notícia: um lindo menino tinha nascido.  Ele era filho do Pajé e protegido de Tupã.
           Já crescido, um dia, o menino brincava na floresta. Viu frutos numa árvore e subiu nela para pegá-los.
O gênio do Mal estava por perto e se transformou numa enorme serpente. O menino, ao vê-la, assustou-se e caiu da árvore. Os índios enterraram o menino numa cova bem funda.
Depois de algum tempo, começou a nascer uma planta diferente no lugar onde o indiozinho estava enterrado.
A planta cresceu e deu frutos. Do fruto dessa planta, os índios preparam uma bebida muito gostosa: o guaraná.






Giovanna Alves - 5a.E

GORJALA

O Gorjala vive nos penhascos e precipícios. É um gigante preto e possui um tamanho descomunal. É forte, feio, feroz e costuma carregar suas vítimas embaixo dos braços para jantá-las depois e, por esse motivo, também é considerado um tipo de bicho-papão.

Entre os monstros que vivem na terra, é um dos mais antigos na mitologia brasileira.